Guarde isso: alguma coisa sempre faz falta. Guarde sem dor, embora doa, e em segredo. C.F.A

quarta-feira, 31 de março de 2010

E agora José?


Hoje deixo de ter 17 anos, e daí? Amanhã será um dia menos chato que o de hoje, vou acordar, e extraordinariamente receber telefonemas e mensagens de pessoas que muito gosto. É simplesmente uma passagens de dias, demarcado pelo homem, pela sua tamanha necessidade de medir tudo para não se perder nas próprias entrelinhas da vida. Mas o tempo é o que me resta, apesar dos pesares, somos totalmente dependentes das horas osciladas, nesse sobe e desce de ponteiros que com um tic-tac insuportável te empurra para um abismo de preocupações e responsabilidades cada vez mais fundo, frio e escuro. Inevitavelmente temos que seguir o tempo, e quando morremos ele constantemente segue seu rumo, sem sequer lembrar que fomos amigos intimos um dia, ele nunca para, nós é que paramos.

Ser maior de idade é obter uma emancipação definida pela sociedade, o que não altera as cartas do jogo, sempre fui responsável, mesmo antes da acne tentar destruir minha imagem, isso está atrelado a mim, sempre esteve, para efeitos familiares sempre fui um adulto que acompanhava desenhos animados, um ser completamente coerente mesmo sem ter vivido todas as experiências da vida, já dizia alguém desconhecido "sábio é aquele que aprende com os erros alheios", e é o que venho tentando fazer dia após dia, observar tudo ao meu redor, evitanto cometer as mesmas burradas, nos olhos vejo mais do que minha retinha possa captar, vejo o interior, a beleza purificada e cheia de malícia, uma história de vida. Somos dotados de idiossincracia, o nosso jeito particular de ver as coisas. Ser ímpar é tão normal quanto formar um par de ímpares. Assim vou seguindo a aleatoriedades do meu caminho e deixando as imparcialidades dos meus rastros. E agora José? pergunta Drummond, e eu respondo "e agora nada". Também existe o antes, o depois e o sempre. Agora?! aah! eu vou só vivendo, aprendendo e amando, o resto é consequência.