"Quem conta um conto, aumenta um ponto", já dizia a sabedoria popular. E foi de contos que pontuei a vida, pontos pingados como os de costume, como o pingo do i que se casou com o do j e da união nasceu um pingüim, isso li numa pequena lorota das letras, em um conto de Leo Cunha. E se eu fosse, com muito zelo, relatar os meu autores, contadores de histórias, narradores de infância ou seja lá como se chamem, vou subtamente citar o João Anzamello Carrascoza, que humildemente narrou a morte do "seu Hermes", num dia parecido com a noite, meio triste, com cara de coisa ruim, com chuva que mais parecia o choro do céu, e enfim morre o pobre velho, triste fim.
Fui menino leitor, gostava de relatos, de conhecer a vida dos outros, mesmo que não fosse a vida de verdade dos outros, e ainda assim nada parecia ser mentira. Bisa Bia, bisa Bel foi o primeiro continho grandão que li, com 7 anos de idade, que novinho! Achei o livro enorme, passei uma semana inteira lendo, foi a minha grande paixão, e digo de coração que esse continho grandão é repleto de emoção. Já fui de rima, de comédia, de teatrinho, de fábula, de crônica, de palavras cruzadas e agora nem sei mais do que sou, acho que de dissertação argumentativa, que chato!
Fui menino leitor, gostava de relatos, de conhecer a vida dos outros, mesmo que não fosse a vida de verdade dos outros, e ainda assim nada parecia ser mentira. Bisa Bia, bisa Bel foi o primeiro continho grandão que li, com 7 anos de idade, que novinho! Achei o livro enorme, passei uma semana inteira lendo, foi a minha grande paixão, e digo de coração que esse continho grandão é repleto de emoção. Já fui de rima, de comédia, de teatrinho, de fábula, de crônica, de palavras cruzadas e agora nem sei mais do que sou, acho que de dissertação argumentativa, que chato!
Não sou bom contador, isso é fato, mas não me falta o que contar, como por exemplo, do mundo das fadinhas de pólem, o qual só eu e meus irmãos conhemos, aquelas que fazem cóssegas nos narizes e provocam espirros que não são de resfriado, são de nada. Também tem os borreguinhos enjeitados que criei, sempre aos pares, borregos por serem filhos de ovelhas e carneiros, enjeitados por não serem vistos como filhos, cuidei de amamentar cada um deles, com mamadeira e leite de vaca, portanto eles eram borreguinhos, filhos de gente, que comiam comida de bezerro, quanta confusão, quanta diversão, e disso eu já poderia fazer um conto: "as aventuras de Sonza, o criador deborregos". Sonza? estranho não é?! Era assim que minha avó me chamava, de Alisson (que nem é meu nome de cartório) ela fez Alissonzinho, rachou a palavra ao meio e fez Sonzinho, que logo perdeu o inho, daí nasceu Sonza, o criador de borregos (e cabritos também). Viu? Juntando relatos logo-logo tiramos um extrato de toda uma vida, igual a uma agenda narrada, desse jeito: 1 de Abril de 1992, nasci, mas ninguém acreditou, nem tanto por ser dia da mentira e sim por ser coisa contada por minha mãe no dia da mentira, aí acreditar é pedir demais. Juntanto tudo, aumentando todos os pontos e formando um personagem eu sou Sonza, o criador de borregos e cabritos enjeitados, que só existiu para a família quatro horas depois de nascido por ter uma mãe travessa e mentirosa, sendo assim, não fui visto como "o filho" assim que vim ao mundo, o que me classifica enjeitado por certo período de tempo, nesse caso vou me apresentar: Prazer, enjeitado! Mas pode me chamar de Zé dos contos, aquele que ama ler, ouvir , e ouvir alguém ler, porque para mim "as palavras ganham um rosto distinto quando escritas pelo lápis da voz". Sua vez, me conte uma história.