Guarde isso: alguma coisa sempre faz falta. Guarde sem dor, embora doa, e em segredo. C.F.A

domingo, 26 de junho de 2011

Eita, gota.

Beleza que existem clássicos do cinema e que esses quebram, em teores conservadoristas, a magia que veio junto com toda a tecnologia atual. Fazer cinema tem se tornado cada vez mais fácil ao ponto em que se torna cada vez mais difícil, mais fácil no lado técnico, mais difícil se considerarmos o imenso esforço de um cineasta em conseguir agradar um público cada vez mais exigente. Entedam: hoje dispomos de uma tecnologia que reduz o tempo de uma produção, aperfeiçoa traços técnicos visuais e faz o impossível ser visível, tocável e em 3D, porém, na pedra lascada cinematográfica as "dificuldades", conhecidas como falta de recursos profissas de tecnologia, faziam tudo ser mais complicadinho, cheio de probleminhas e valorizados, pois, em análise, deixavam tudo mais, digamos, "teatral" (comparando o grande nível de improvisos nos efeitos especiais). Hoje, depois de ver Rambo (1,2,3 e 4) pude notar o quanto as coisas mudaram, primeiro em critérios de criatividade; a personagem em questão adquire recursos da linha MacGyver de facilidade, junto com o treinamento na "Escola Chukc Norris de artes maciais que te tornam invencível" e prova que o diabo sabe usar uma faca e com ela reproduzir as funções de todos os eletrodomésticos da minha casa. Sem mencionar que em Rambo 1, o Silvester Stalone decorou, no máximo, um verso de cordel para recitar em tom neurótico durante um filme de mais de 1h30min; no mais ele atira com uma metralhadora de life infinito, mata, joga a faca (que sempre sai não sei de que buraco, ele deve ter umas trinta da mesma no bolso) e exala testosterona pelos poros. Aí eu me pergunto, "porque Deus, porque eu gosto tanto desse filme?".
Não é por nada, mas criei um gosto refinado para cinema (huuuummmm), esse gosto envolve bons diálogos, efeitos especiais de verdade ou nenhum, trilha sonora, fotografia e etc, não importanto a época, pois sei diferenciar o que há de melhor hoje ou na década do lançamento de Tempos Modernos, mas nada supera um filme que sabe como te tocar lá dentro, como Rambo, que é simples, resumido, me deixou à beira de um ataque epilético e com vontade de esquartejar meu irmão, a mensagem foi passada e eu a entendi, tudo bem que ficar mais violento e desejar que ele degole os Russos não é algo legal de se sentir, muito menos para pessoas que não caem nesse discurso de coitadinho que os Norte Americanos lançaram em contrapartida aos Vietnamitas na primeira edição do filme, em momento algum senti que o ataque de pelanca do Rambo para justificar seu patriotismo e as mortes na guerra fosse plausível. Não colou. Mas que o filme envolve não podemos negar, porque envolve. Desculpa Vin Diesel, mas você ainda tem muito chão para poder superar esse passado grandiosos de filmes de machos de verdade.

Preciso de uma faca dessas.