Guarde isso: alguma coisa sempre faz falta. Guarde sem dor, embora doa, e em segredo. C.F.A

domingo, 22 de agosto de 2010

Rapidinhas #1

Relacionamento FAIL:

- Amor
- Oi
- Você nunca diz que me ama
- Ué... eu demonstro nas minhas atitudes, isso não conta?

Onde Vivem os Monstros

"Como seria ter um lugar em que só aconteceria o que você quisesse que acontecesse?". Essa foi a sugestão dada pelo filme que escolhi aleatoriamente na locadora, seu enredo encarrega-se de responder tal pergunta no decorrer dos acontecimentos. Onde vivem os monstros entrou na minha lista de "filmes não-óbvios", aqueles que não indico a todo mundo, melhor, não indicarei a ninguém, quem se desprende das coisas evidentes vai querer vê-lo por si só, poderá achar o filme estranho, chato e sem nexo, ou não.

Fala das aventuras de Max, um menino solitário que cria o seu próprio mundo, com seus próprios monstros: inconstantes, temperamentais, tristes, vilões e mocinhos ao mesmo tempo. Um garoto incomum, notamos isso na sua história fantasiosa sobre os dois edifícios mordidos por vampiros, sua vontade em saber todos os segredos do mundo, ou seu intusiasmo em construir o forte perfeito, com uma cidade em volta, onde todos os monstros dormiriam juntos, apoiando uns aos outros, e por fim ele pede que tudo seja encarado de maneira realista.


Quem disse que não podemos criar o nosso próprio realismo, com fortes seguros, reis competentes, que nos entenda e consiga unir todos os nossos monstros numa só comunidade? Ninguém disse, justamente porque não podemos. As feras são mais fortes, e singulares, existe aquela quieta que espera ser ouvida, a que é leal, a amarga, a silenciosa, a que necessita de atenção e companhia, a impulsiva e mais outras, todas são um só ser, nós mesmos, que nunca se unirão.

E o nosso outro mundo, aquele que arquitetamos, onde tudo é perfeito e nos agrada, é bem mais triste que esse mundo de todo mundo. Lá estaremos sozinhos, ninguém é obrigado a participar dele, e por isso ninguém participa, é aí que percebemos o quanto precisamos da verdadeira realidade, e que nela existem outras pessoas arquitetas de seus mundos, abrindo mão da sua obra para simplesmente nos amar, ou nos ver comendo cereal no jantar e não dizer uma palavra se quer, por apenas gostar de ver o nosso rosto, afinal "somos só meninos vestidos de lobo que fingem ser reis".

(passei dias para conseguir postar esse comentário sobre o filme, mas eu precisava)