Guarde isso: alguma coisa sempre faz falta. Guarde sem dor, embora doa, e em segredo. C.F.A

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Eu quis convencer

"Eu ando em frente por sentir vontade"
foi preciso repetir essa frase da música Janta, do Marcelo Camelo, várias vezes, para ter certeza de que tudo o que tenho feito não é e nunca foi forjado, é espontâneo ao meu querer; se eu sorri foi por puro prazer, para agradar a minha essência que sempre me mantem feliz, sem exageros, sem egoísmo e não por altruísmo, o que faço é feito por fazer, por ser natural ao que nasceu para ser feito, me encanto com as pessoas por esperar o melhor delas, me envolvo por achar que vale a pena, me afasto por sentir que me fará mal e quase nunca desisto de mostrar que sou dotado de boas intenções para aqueles que podem me ofertar algo bom. Gosto de seguir a rota original de tudo, só às vezes mudo o caminho para não sofrer com a derrota da desistência, isso enche minha vida de curvas, o que não significa que eu deixei de andar em frente, para efeitos lógicos é para frente que se anda, e não ouse discordar, ceticismo é tudo o que não se pode usar em assuntos existencialistas, assim acabariamos percebendo que nada faz sentido.
O bom de tudo o que é feito por fazer é que sempre envolvemos um pouco de invenções para deixar tudo mais mágico, a dramatização em tese, artifício das peças teatrais, essas coisas típicas de uma ficção quase real, é aí que entra a trilha sonora, um pouco de heroismo, amores inocentes juntando mãos, chuvas em momentos oportunos, dias nublados ou nada disso, que se resume em tristeza constante, e independete da maneira como você decora o seu caminho ele não deixa de ser percorrido, porque é sensacional deixar alguma coisa para trás só para poder lembrar dela mais tarde.
"Caminho em frente pra sentir saudade".

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

A história engana.

Quem entende o tempo? Devo ter uns dois ou mais textos com esse protagonista passageiro, e em nenhum deles privo o leitor de se deparar com voltas e mais voltas em um ciclo de explicações, e como todo ciclo, não há fim, ou seja, não há uma dedução exata da minha opinião sobre o tema, considero a escala de tempo humana infinitamente inferior ao que o tempo verdadeiramente representa; acreditando que o homem vive, em média, até os 70 anos, chego à conclusão de que tudo o que sabemos sobre tudo, é uma gota que cai no oceano, insignificante como tal. Estamos agora no mês mais resumido do ano, fevereiro, e por irônia esse está sendo o mais demorado e arrastado que já presenciei, o engraçado é que semana passada tomei um susto ao perceber que a semana tinha acabado instantâneamente rápido, o calendário se dissolveu, e ainda assim estamos em um mês demorado, acho que de dez semanas. Entro em total contradição ao avaliar se estamos indo rápido ou devagar, porque sinceramente eu não sei.

Analisando a escala de tempo, o nosso cotidiano é reflexo de séculos de mudanças que separam a idade média da idade moderna, aquele que esteve envolvido na culminancia das eras não soube, afinal, no que tudo resultou, assim como não sabemos se o cristianismo está mesmo perpetuado, ou até mesmo o capitalismo, tudo tende a se transformar com o tempo sem provocar grandes prejuízos psicológicos, porque não percebemos, não estaremos vivos para comparar, nem para sofrer por ser de uma época em que tudo era diferente. Não há impacto, isso tudo é idealismo histórico, uma espécie de relevancia que os estudiosos dão aos fatos, como se eles fossem exacerbadamente notáveis no momento em que acontecem, em verdade não há um momento em que tudo se transformou bruscamente, são vários, longos e distribuídos momentos, essa é a prova de que o tempo é a solução, a do tipo que dissolve e não que resolve, para qualquer mudança, e toda e qualquer mudança é uma fração de tudo o que pode acontecer com o tempo, frizando sempre que "não há impacto, não há impacto".

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Eu, na terceira pessoa.

Era uma vez um rapaz que chegara em casa tarde da noite morrendo de fome, disposto a engolir qualquer coisa "comível" (comestível é passado) da geladeira ou até mesmo fora dela, e de repente mais que de repente ele descobre a mais recheada e suculenta fatia de pizza que já havia visto em toda a sua vida, ali, bem acima da mesa. Ele pensou se deveria ou não comê-la, poderia haver um dono enlouqeucido de vontade de se deliciar com aquele aperitivo mais tarde, ou não, e sem preocupar-se com consequências, o jovem rapaz devorou o alimento como se nada mais existisse, e em sua última mordida entra em cena o dono, eufórico, berrando que jamais devemos mecher no que não é nosso sem antes perguntar se podemos. Essa regra básica embalou a infância daquele rapaz, ele sabia perfeitamente que detestava descumprir essa ordem materna, mas em alguns momentos é inevitável seguir as leis da sobrevivência em bandos; logo após reconhecer o seu erro, ele foi ao seu quarto refletir quantas vezes desobedecera tal conceito ético, e descobriu que desobedecera a vida inteira, não com comida, objetos, referências alheias e sim com as coisas da vida, coisas não-materiais, o tempo inteiro ele insistira em mecher no que não lhe pertencia, ele capturava coisas que não eram dele e nunca tiveram a intenção de ser, lembrou que agora mesmo estava vivendo algo "não-dele", e o pior de tudo é que não existia um dono para lhe dar permissão de usar o que quer que ele já estivesse usando, o que importava é que ele estava envolvido e queria contuinuar a usufruir desse bem, mas em algum momento a razão vai mais uma vez esbofeteá-lo, e ele vai ter que devolver tudo que já mordeu, vai ter que cuspir e pedir desculpas, dizer que não fará mais isso, e assim notar que as coisas que realmente lhe pertecem ainda não chegaram, e se um dia vierem, que tragam junto um contrato assinado pela vida, para que ninguém revogue por seus direitos conquistados.

Vomite um arco-íris

Claudia, você já sabe o que tem que fazer.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Decisões, eu tomo.

Em uma discussão sobre as decisões da vida, decidi me calar; não sou um exemplo em tomadas de decisões, apenas sou decidido, e como tudo é relativo veto alguma ligação entre um e outro. Ser decidido é querer com ponto final, ser bom em tomar decisões é... bom... não sei, acho que é ser institivo, intuitivo, inteligente e decidir o certo (lê-se melhor); nem sempre estou certo quanto ao que escolhi querer, mas vou adiante com isso porque prefiro apenas agir e aguardar o resultado, acreditanto fielmente no poder da decisão. Minha metodologia requer tempo, antes de intimar o próximo passo eu penso, analiso, cogito, viajo, morro e ressucito, e o melhor de tudo, volto decidido. A resposta final será a final, se eu disser sim, é sim e eu não estarei equivocado, eu não precisarei pensar melhor e será o melhor para o mundo. Sempre decidido, não importa a situação, e se eu disser que estou na dúvida estou mentido para não admitir algum ponto, nunca prossigo na dúvida e falo isso porque me conheço bem, essa foi uma das propostas que aprendi de uns tempos para cá (conhece-te a ti mesmo). Embora viva rodeado de pessoas que não sabem o que querem, ou se querem, me mantenho seguro, e se o contraste entre minha segurança e a insegurança do próximo for grande, me retiro do recinto para não sofrer danos. O importante é sempre decidir, se arrepender por ter feito e não por ter deixado de fazer, e quando decidir seja leal a isso, não há nada pior do que trair a si e as próprias ideias.