Guarde isso: alguma coisa sempre faz falta. Guarde sem dor, embora doa, e em segredo. C.F.A

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

A história engana.

Quem entende o tempo? Devo ter uns dois ou mais textos com esse protagonista passageiro, e em nenhum deles privo o leitor de se deparar com voltas e mais voltas em um ciclo de explicações, e como todo ciclo, não há fim, ou seja, não há uma dedução exata da minha opinião sobre o tema, considero a escala de tempo humana infinitamente inferior ao que o tempo verdadeiramente representa; acreditando que o homem vive, em média, até os 70 anos, chego à conclusão de que tudo o que sabemos sobre tudo, é uma gota que cai no oceano, insignificante como tal. Estamos agora no mês mais resumido do ano, fevereiro, e por irônia esse está sendo o mais demorado e arrastado que já presenciei, o engraçado é que semana passada tomei um susto ao perceber que a semana tinha acabado instantâneamente rápido, o calendário se dissolveu, e ainda assim estamos em um mês demorado, acho que de dez semanas. Entro em total contradição ao avaliar se estamos indo rápido ou devagar, porque sinceramente eu não sei.

Analisando a escala de tempo, o nosso cotidiano é reflexo de séculos de mudanças que separam a idade média da idade moderna, aquele que esteve envolvido na culminancia das eras não soube, afinal, no que tudo resultou, assim como não sabemos se o cristianismo está mesmo perpetuado, ou até mesmo o capitalismo, tudo tende a se transformar com o tempo sem provocar grandes prejuízos psicológicos, porque não percebemos, não estaremos vivos para comparar, nem para sofrer por ser de uma época em que tudo era diferente. Não há impacto, isso tudo é idealismo histórico, uma espécie de relevancia que os estudiosos dão aos fatos, como se eles fossem exacerbadamente notáveis no momento em que acontecem, em verdade não há um momento em que tudo se transformou bruscamente, são vários, longos e distribuídos momentos, essa é a prova de que o tempo é a solução, a do tipo que dissolve e não que resolve, para qualquer mudança, e toda e qualquer mudança é uma fração de tudo o que pode acontecer com o tempo, frizando sempre que "não há impacto, não há impacto".