Guarde isso: alguma coisa sempre faz falta. Guarde sem dor, embora doa, e em segredo. C.F.A

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Muito bom, hein.

Tenho chegado tarde em casa, perdi aquela necessidade de sempre estar conectado ao mundo, meu celular com defeito não emite som quando "toca", dificilmente atendo uma ligação, muita gente reclama que chega a ser irritante me ligar mais de 10 vezes até que, por sorte, eu perceba que a luzinha do visor está piscando, minhas contas de sites na internet só são movimentadas enquanto o sol brilha, assumi meu toque de recolher, me recolher para mim. Pela primeira vez em anos os meus momentos são meus, o tempo abafado da cidade me inspira a andar, procurar coisas novas, atualizar minha lista de contatos, tem sido divertido de uma maneira singular.
Busco tranquilidade, para ficar perfeito só faltou aquele aspecto nublado e um ventinho frio no rosto, amo dias nublados, talvez também aquela garoa rara nessa região, que quando surge me encoraja a aventurar por aí. Com um fone no ouvido insisto em ser retrô, escutando sucessos romanticos dos anos 80 (para baixo), Simple Red se tornou mais legal, até mais frequente que os Beatles. Acabei aprendendo que para encontrar gente que me dê aquela boa impressão de que somos dotados dos mesmos gostos, preciso frequentar lugares que me fazem bem, tecnicamente lá estarão outras pessoas que se sentirão bem da mesma maneira, não sei como, mas puxaram violentamente um enorme manto escuro da minha cabeça, estou vendo coisas que antes eram desconhecidas, estou descobrindo de verdade, sentindo o sabor disso, parece que na página 100, capítulo 4, do meu manual, tem um espaço reservado com ensinamentos de como fazer o que vai me deixar bem comigo, e quais pessoas eu precisaria conhecer para que isso acontecesse. Ainda ouvindo Simple Red, e saindo de um dos meus "points", eu canto alto como se ninguém estivesse me ouvindo: You Make me Fell Brand New.