sábado, 17 de abril de 2010
O texto em que falo o que sinto.
As vezes eu tenho complexo de Deus, acho que sou dono da minha vida sem nenhum impedimento maior, acho que posso decidir a hora de ser feliz e com quem ser feliz nessa mesma hora. Ahh, como me engano, a burrisse insiste em me querer, acabo cedendo à seus caprichos, sou facinho, só preciso que alguém peça, e logo eu me entrego, de uma maneira que não há como voltar atrás, o desejo de continuar é tentador, ele me toma dos pés à cabeça, e eu vou. Antes costumava dizer que se a felicidade existesse, ela estaria comigo, eu só não esperava que perde-la de vista seria tão fácil quanto concluir um jogo de aquaplay. De infelicidade não se morre, se agoniza; até que um dia cansamos de sofrer e fechamos os olhos para sempre. Se me fossem destinados três desejos, eu pediria "sorte, tempo e companhia", nada mais além disso, esse seria o meu ideal, os três pontos maçônicos de um católico que já não sabe como proseguir caminho sem ter medo de sonhar exageradamente, hoje temo até a MÁGICA que deixa tudo mais belo, ela me cega, não a quero mais. E mesmo perdendo a minha essência não me arrependeria em deixar de acreditar, pois quem duvida não prossegue, quem não prossegue nunca vai saber como o mundo é atrás da porta, prefiro agora apenas duvidar, isso vai me impedir de ir além do infinito, vou parar no meio do caminho e sentar na pedra que alí habita, pôr a mão no queixo e imaginar o motivo pelo qual não mereço ser feliz, até que um dia eu vire estátua.
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