As eleições 2010 foram palco de constantes e incansáveis discursos de defesa e acusação entre candidatos. Polêmicas foram abertas, assuntos relevantes entraram, momentaneamente, em cena servindo com o único intuito de persuadir diretamente o eleitor.
Embora eu tenha declarado minha imparcialidade, fiz o que mais da metade do país também fez, votei em quem agora se diz presidente da República Federativa do Brasil. Sem nenhum argumento concreto que justifique minha decisão, apenas acreditei que seria o menos pior. Agora começo a contestar a qualidade da nossa democracia, de que adianta ter o poder de decisão quando não temos boas opções? Longe de julgamentos à candidatos A ou B, faço minhas as palavras da Rita Lee: no final tudo vira bosta.
Podemos ter orgulho da quebra da constância do poderio machista no mais alto cargo executivo, é um longo passo para a história do Brasil, um advento político; ainda assim sabemos que mudanças grandiosas não irão ocorrer, só mudamos o sexo do sistema, e nada mais. Presenciei amigos próximos em pé de guerra, defendendo seus candidatos como uma mãe defende um filho, e em momento nenhum proferi qualquer palavra de cunho opinativo, pelo simples fato de não saber o que dizer. Cheguei a considerar-me um cidadão sem valores políticos, falando "tanto faz" sempre que me perguntavam algo do gênero.
Talvez eu tenha desacreditado da democracia, bastante falha na prática, mas cheia de significados na teoria. A mais utópica das ideias, é a do poder do povo. Somos limitados a escolher o que tem pra hoje, como em um restaurante tabelado, e vamos comer dessa comida por quatro longos anos, isso não é poder de decisão, é imposição implícita. É absurdamente triste saber que no quinto maior país do mundo, não exista alguém ético o suficiente para assumir um governo. Não tive o desprazer de arrepender-me do meu voto, o dei hoje, a única coisa que posso declarar, diante de tudo o que tem acontecido, é: E seja o que Deus quiser.
Embora eu tenha declarado minha imparcialidade, fiz o que mais da metade do país também fez, votei em quem agora se diz presidente da República Federativa do Brasil. Sem nenhum argumento concreto que justifique minha decisão, apenas acreditei que seria o menos pior. Agora começo a contestar a qualidade da nossa democracia, de que adianta ter o poder de decisão quando não temos boas opções? Longe de julgamentos à candidatos A ou B, faço minhas as palavras da Rita Lee: no final tudo vira bosta.
Podemos ter orgulho da quebra da constância do poderio machista no mais alto cargo executivo, é um longo passo para a história do Brasil, um advento político; ainda assim sabemos que mudanças grandiosas não irão ocorrer, só mudamos o sexo do sistema, e nada mais. Presenciei amigos próximos em pé de guerra, defendendo seus candidatos como uma mãe defende um filho, e em momento nenhum proferi qualquer palavra de cunho opinativo, pelo simples fato de não saber o que dizer. Cheguei a considerar-me um cidadão sem valores políticos, falando "tanto faz" sempre que me perguntavam algo do gênero.
Talvez eu tenha desacreditado da democracia, bastante falha na prática, mas cheia de significados na teoria. A mais utópica das ideias, é a do poder do povo. Somos limitados a escolher o que tem pra hoje, como em um restaurante tabelado, e vamos comer dessa comida por quatro longos anos, isso não é poder de decisão, é imposição implícita. É absurdamente triste saber que no quinto maior país do mundo, não exista alguém ético o suficiente para assumir um governo. Não tive o desprazer de arrepender-me do meu voto, o dei hoje, a única coisa que posso declarar, diante de tudo o que tem acontecido, é: E seja o que Deus quiser.
Um comentário:
kkkkkkkkkkkkk
"tudo vira bosta" foi massa!
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