Como se amar fosse fácil. Diante de tanta banalização talvez seja, no ato verbal somente, e amar verbalmente não equivale a amar de fato, nem amar de nascença como acontece no amor familiar. A verdade é que sempre amamos um imenso nada, em um mundo com diversos pretestos para que isso ocorra, amamos as músicas que ouvimos, o ar que respiramos, as cores e a nossa capacidade de discerni-las, o estar de pé, deitado ou agachados, amamos em tonalidades, texturas e gostos, amamos uma variedade de interrogações que multiplicam-se paralelamente.
Uma manifestação involuntária de sentimentos percorre nosso corpo como o sangue as artérias, até que um dia descobrimos que podemos direcionar tudo isso, naquilo. Podemos usar alguém para justificar esse amor ao nada, e a partir de então damos ao amor um rosto, uma voz, um cheiro, uma personalidade, uma vida própria. Sublinho com linhas grossas e tinta vermelha que essa subversão de sentimentos não acontece com frequência, como gosto de dar números às coisas, pressuponho que possa acontecer apenas três vezes na vida, uma como aprendizado, outra como aprimoramento e a final como o fim, o total amadurecimento e aproveitamento do amar, verbo transitivo. Logicamente, limitando-se a apenas um trio de etapas, elas distanciam-se para dar proporcinalidade aos acontecimentos, uma fase nunca estará tão próxima da outra que possa vir a substitui-la, pois uma só começa quando a outra acaba. Me vejo ainda na primeira etapa, o meu gênesi, e para que eu consiga seguir caminho precisarei consumir todo e qualquer vestígio de amor, sabendo-se lá quando e onde esse longo caminho acaba, muito menos ainda onde o outro começa. Transbordo-me em frases ricas de detalhes internos, revelando ao mundo o quão humano sou para admitir que amo, não necessariamente um novo cenário novelístico, mas o mesmo de sempre, e manifesto-me em épocas distintas apenas para não ser repetitivo e constante, amo como antigamente, amo como há uns dias atrás, ou como manhãs passadas, ainda amarei amanhã de manhã, e assim continuarei consumindo, consumindo, consumindo até que isso acabe. É amando que se deixa de amar, e que assim seja.
Uma manifestação involuntária de sentimentos percorre nosso corpo como o sangue as artérias, até que um dia descobrimos que podemos direcionar tudo isso, naquilo. Podemos usar alguém para justificar esse amor ao nada, e a partir de então damos ao amor um rosto, uma voz, um cheiro, uma personalidade, uma vida própria. Sublinho com linhas grossas e tinta vermelha que essa subversão de sentimentos não acontece com frequência, como gosto de dar números às coisas, pressuponho que possa acontecer apenas três vezes na vida, uma como aprendizado, outra como aprimoramento e a final como o fim, o total amadurecimento e aproveitamento do amar, verbo transitivo. Logicamente, limitando-se a apenas um trio de etapas, elas distanciam-se para dar proporcinalidade aos acontecimentos, uma fase nunca estará tão próxima da outra que possa vir a substitui-la, pois uma só começa quando a outra acaba. Me vejo ainda na primeira etapa, o meu gênesi, e para que eu consiga seguir caminho precisarei consumir todo e qualquer vestígio de amor, sabendo-se lá quando e onde esse longo caminho acaba, muito menos ainda onde o outro começa. Transbordo-me em frases ricas de detalhes internos, revelando ao mundo o quão humano sou para admitir que amo, não necessariamente um novo cenário novelístico, mas o mesmo de sempre, e manifesto-me em épocas distintas apenas para não ser repetitivo e constante, amo como antigamente, amo como há uns dias atrás, ou como manhãs passadas, ainda amarei amanhã de manhã, e assim continuarei consumindo, consumindo, consumindo até que isso acabe. É amando que se deixa de amar, e que assim seja.
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