Guarde isso: alguma coisa sempre faz falta. Guarde sem dor, embora doa, e em segredo. C.F.A

sexta-feira, 4 de março de 2011

Aline, o fim mais que previsto, e menos merecido.


Ultimamente o pouco tempo que destino à televisão tem sido satisfatório, principalmente porque a Rede Globo enfim começou a acertar, sequencialmente, em novos formatos de séries. Uma que tem me agradado bastante, desconsiderando algumas falhas de roteiro, é Aline, a reprodução mais leve da Aline das tirinhas do Adão Iturrusgarai, considerada inadequada aos padrões de moral estabelecidas pela tv aberta. Uma jovem, dois namorados, os três juntos na mesma cama. Algo decididamente fadado a dar errado em se tratando de Globo, um canal que se recusa a inovar, repetindo sempre a mesma grade de programação há anos.

No episódio de ontem, dia 3 de março, consegui enfim sentir vontade de aplaudir tudo no final, o roteiro apostou em um musical com clássicos do pop rock brasileiro, e os atores, com toda a eficiência, representaram brilhantemente cada clip; ficou bastante claro que o episódio foi baseado nas músicas, e não o contrário, em um dos trechos a narrativa foi forçada a se encaixar na letra de "De repente, Califórinia", cantada pelo psicólogo da personagem principal. No mais, a sutileza foi marcante, roteiro e música andaram de mãos dadas. Senti orgulho por ter me envolvido tanto, e em algo tão diferente do que se é produzido no Brasil. Mas, como nem tudo são flores, a série foi cancelada, os boatos afirmam que por uma cena de troca de casais em um motel, o famoso "swing". Já não bastasse a não exibição do envolvimento amoroso entre o trio, agora entra a total não exibição de envolvimento amoroso de caráter, a melhor e mais feia palavra entra agora, imoral.

Findaram os motivos para ver televisão quinta à noite, talvez a hipocrisia da Grande Família Casta seja o que eles pensam que o telespectador espera ver, pois é, eles é que pensam, não duvido que daqui há alguns dias acabem expulsando a Fernanda Lima como todo o Amor e Sexo que ela traz, o último suspiro do atual cenário da relação homem, mulher, sexo e excentricidades do mundo moderno. E as novelas onde entram? Essas estão na lista dos "pseudorelacionamentos", nada inovadores, nada atuais, nada de nada.

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