Parece que não há cura. Os dias vão passando, e com eles mais erros, muitos erros, muitas coisas mal pensadas, enfim, coisas destrutivas que maqueiam as marcas e dão a sensação de que está tudo bem, mas basta uma chuva, uma simples gotinha de água, talvez uma lágrima para que todo o disfarce desmanche, toda a pseudo-cura escorra e venha à tona o fato de que só sobraram os erros junto de uma grande parcela de feridas expostas, e essa grande falta de arrependimento. Não há culpa quando o sofrimento causado não supera o sofrido, assim como não há dor que supere a de um coração que foi aberto para ser invadido calmamente e, de súbito, largado com agressividade, deixado pra trás com rastros de vasos rompidos e musculos dilascerados Há de chegar o dia em que tudo tem que cicatrizar, dia esse que não consta como data magna no calendário e que se afasta a medida em que, diariamente, encontro com o meu passado cada vez mais atraente e charmoso em alguma parte do caminho, porque a cada reencontro o coração faz questão de se machucar por si, deixando a ferida em carne viva, fazendo a dor lembrar o quanto foi bom se doar inteirmante e o quanto isso pode ser ruim. Um dia, quem sabe, poderei ter a oportunidade de ainda ouvir novamente o soprar do "eu gosto, você gosta?"
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