"A sociedade está 'se auto-suicidando-se'".
É com essa frase de impacto, que leva qualquer sujeito a uma reflexão repentina (do tipo: preciso morrer antes que eu leia isso de novo), que começo esse texto. Não sei qual o gênio responsável por uma coisa tão bela (idiota) e inteligente, mas encontrei (não sei por qual motivo) em uma lista de pérolas das redações, consequentemente meu lado intérprete despertou (isso é um progresso) e entendí a frase em itálico da seguinte forma: Isso não quer dizer porra nenhuma. É apenas uma tentativa absurda de provar que alguém pode não saber a diferença entre suicídio e homicídio, ou pior, a mesma pessoa pode deduzir que se alguém não se "auto-suicida" ela "suicida outra pessoa", essa é a única explicação. Só para deixar claro, caso haja algum lerdinho (sempre tem) que ainda não entendeu onde quero chegar, sabendo a diferença entre os dois termos você pode definir que o uso de "auto" não é necessário, suicídio já faz referência à "sí mesmo".
Como todo mundo sabe que para surgir inspiração basta aparecer algo idiota na sua frente, esse é meu caso, e já que estamos dentro do assunto "suicídio", vim ensinar totalmente grátis 5 maneiras convencionais (top 5) de como não se "auto-suicidar" (se eu digitar isso mais uma vez meu teclado cria vida e me mata). Enfim, todo dia pessoas felizes e saltitantes (pra não dizer depressivas) cometem suicídio, mas ninguém espera se arrepender na metade do caminho, por isso deve-se antes analisar a situação pra fazer o serviço direito:
ENVENENAMENTO: já foi bem mais requisitado antigamente, e presenciei casos, muitos casos. Geralmente acontece quando alguém termina o namoro, as mulheres são recordistas, a possibilidade de dar errado (o arrependimento) é grande, então evite remédio tarja-preta, veneno de rato ou desinfetante, isso as vezes pode demorar, e não tem classe nenhuma, porque morrer moribunda é foda, não pega bem. Uma solução é agrotóxico, morte rápida e prática, se for amargo põe açucar que desce, deixe uma carta para depositarem a embalagem em algum centro responsável pela reciclagem, até pra morrer temos que ser ecologicamente corretos.
A "LA JULIET": uma morte clássica, digna de romances. Punhal cravado no peito (que chic), por favor não use a faca da cozinha, é deprimente. É necessário muita prática e estudo em anatômia para descobrir pontos vitais, imagina aí se acerta em um local insignificante, doi pra caralho, você vai desistir, e ainda tem que arrumar explicação de como a faca acidentalmente pode ter caído e provocado tal ferimento.
ENFORCAMENTO: essa é muito utilizada, aconselho a não arriscar, a intenção é quebrar o pescoço, pra isso você tem que saber vários cálculos físicos de altura, massa, gravidade e a probabilidade (aí já entra a matemática) de dar certo, estudar pra morrer é lasca. Se seu lindo pescocinho não quebrar, a morte vem por asfixía, deve ser horrível. E ainda pode acontecer de a corda quebrar, o sustento romper e etc que pode te levar ao arrependimento antes do feito.
TIRO NA CABEÇA: requisitado por ricassos falidos, presidentes arruinados, e senhores de café em crise. Só pra deixar claro, não compre 5 balas, só vai gastar dinheiro, que idiota acha que vai conseguir dar 5 tiros na cabeça antes de morrer, é só uma mesmo, economia sempre faz bem. Para concretizar seu descanso eterno dessa maneira é preciso antes: ter uma arma, licença de porte (se for morrer, morra dentro da lei), e força pra segurar o revolver com uma mão só, caso não se encaixe nessas exigências procure maneira mais simples como visitar uma favela do Rio de Janeiro (é a solução mais viável).
GÁS DE COZINHA: se você percebeu que nenhuma das quatro sujestões acima darão certo, apele para o gás, todo mundo tem, é só abrir a chave do butijão com as portas fechadas e esperar. E se o gás acabar, contente-se com a ideia que que não é a sua hora de morrer, e sim de arrumar um emprego e sempre ter reserva de gás em casa. Não acenda lâmpadas, nem fósforos, assim tudo explode, imagina o prejuízo que você vai dar a quem fica vivo.
Viu? antes de se matar você deve pensar duas vezes, ou não, dizem que se no momento da crise emocional algum outro pensamento vier à cabeça, babau, passa a vontade. Ah, se quiser chamar a atenção do namorado (a) esqueça, dentro de um ano ele estará transando com sua(eu) melhor amiga(o), após voltar da missa de finados. Não se ache tão importante assim para o mundo, você não é ninguém, depois da morte sua referência será : fulano era um descontrolado e se matou. Que imagen ruim. Em vida o remorso pode ser bem maior.
2 comentários:
Caracas, A La Juliet, que criativo, muito bom
huehue
as melhores críticas!
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